O novo ERP aproveita a total integração disponibilizada pela nuvem, agregando diversas características fundamentais para a viabilidade econômica da empresa, onde pequenos detalhes podem representar grandes resultados operacionais e econômicos.
Assim como o telégrafo fez a mensagem andar mais rápido que o mensageiro, a integração da cadeia de valor (Fornecedor à Produtor à Consumidor) através do sistema de gestão favorecerá o processo produtivo, encaminhando as empresas não só para o pleno atendimento das necessidades de consumo mas, principalmente, para a antecipação destas necessidades, colocando a empresa um passo à frente do consumo, sendo estas integrações o principal motivo pelo qual o produto em si se torna meramente incidental.
Praticamente todas as formas de riqueza derivam do movimento da informação, o que transformaria o novo ERP (e suas integrações, internas e externas) em uma extensão dos braços da organização, não só aumentando aquilo que ela possa agarrar, mas também melhorando a qualidade daquilo que está efetivamente agarrando, criando assim o verdadeiro gerador de riquezas através da informação.
As capacidades dinâmicas da empresa
Uma coisa é fato: O tempo de resposta a um evento diminuiu significativamente para aqueles que se preocupam em se manter competitivos no mercado globalizado. Em 1964 McLuhan, filósofo e teórico da comunicação, já afirmava que, por conta da tecnologia, o fator tempo adquiriria novas formas no mundo dos negócios e das finanças.
Cada vez mais teremos mais informações em intervalos menores de tempo, o que exigirá respostas mais rápidas e efetivas na readequação dos recursos disponíveis, sejam estes materiais ou humanos, com objetivo de efetivamente atender a demandas cada vez mais dinâmicas e diferenciadas.
Neste cenário de aceleração dos negócios em resposta à aceleração das transformações sociais, especialmente nas características de consumo, o sistema de gestão deverá se tornar o principal agente de alavancagem das capacidades dinâmicas da empresa, favorecendo o processo de transformação contínua da empresa, e garantindo não só a sobrevivência, mas também sua qualidade competitiva da organização, criando assim o negócio economicamente sustentável.
O ecossistema do ERP
O ecossistema de um ERP representa as relações que este produto deverá ter no ambiente ao qual está inserido para que seja passível de alavancar a viabilidade econômica da organização.
De acordo com Jansen, ecossistema de software é “um conjunto de negócios, empresas e entidades que funcionam como uma unidade e interagem com um mercado compartilhado para fornecer software e serviços, levando em consideração o relacionamento entre eles”.
Podemos enxergar este ecossistema em três dimensões, que por fim acabam ampliando de forma significativa o universo da organização. São eles:
Técnico: Amplifica a capacidade técnica da organização através da integração com outras empresas. Um bom exemplo disso é a integração com empresas especializadas em características fiscais das transações comerciais, que podem validar de forma efetiva a aderência da empresa às regras legais do ambiente ao qual está inserida.
Social: A amplificação das relações sociais existentes entre a organização e seu público alvo. Um bom exemplo disso é a integração com as redes sociais, que permita capturar as percepções do público acerca da empresa, seus produtos e seus concorrentes e relacionar tais percepções com os dados analíticos internos e validar o grau de estreitamento das relações existentes entre a empresa e seu público.
Negócio: Amplifica a capacidade de negócios da organização através do pleno entendimento da cadeia de valores. Um bom exemplo disso é a antecipação de demandas que, através de acordos com a cadeia de suprimentos, pode gerar grandes oportunidades para a organização.
Conclusão
O novo ERP é consequência da demanda de poucas empresas de ponta que conseguem, através da utilização adequada de seus sistemas de informação, Definir o futuro.
O novo ERP exige muito mais do que tecnologia, exige gestão e pessoas que não se prendam aos dogmas da produção em série e entendam que um mundo cada vez mais dinâmico exige organizações e pessoas cada vez mais dinâmica. As regras que foram excelentes ontem já não funcionam para o mundo de hoje.
McLuhan afirma que a tecnologia é o principal fator de aceleração das transformações sociais e não cessará de agir até a saturação de todas as instituições sociais, pois, “Todos os sentidos se alteram com a aceleração, porque todos os padrões da interdependência pessoal e política se alteram com a aceleração da informação”.
No novo ERP, as razões pelo qual uma organização adota um sistema de gestão fará a diferença entre o sucesso e o fracasso em um mundo de rápidas transformações, aceleradas pela tecnologia.
A demanda por sistemas de gestão focados em alavancagem estratégica e plena integração da cadeia de valores criará produtos de ERP que permitam a aproximação entre os diversos agentes do negócio, consolidando as relações comerciais e tirando a empresa da posição de um mero vendedor de produtos e colocando ela na posição de integradora das transformações sociais.
Em sua empresa já está preparada para o novo ERP? Deixe seu comentário!
Por: Paulo Planez
Fonte: administradores.com.br