Aposta nas pessoas dita sucesso na economia digital, diz estudo da Accenture

As organizações que apostarem mais nas pessoas terão mais sucesso na economia digital, defende o último estudo global sobre tendências da tecnologia da Accenture.

À medida que os avanços tecnológicos aceleram a um ritmo sem precedentes, afetando profundamente a força de trabalho, as empresas devem focar-se em capacitar profissionais, parceiros e consumidores para tirar o máximo partido da inovação, diz a Accenture, defendendo que as organizações bem-sucedidas terão uma capacidade única de criarem novas ideias, desenvolver produtos e serviços inovadores e ser disruptivas.

“No estudo Accenture Technology Vision 2016 identificámos cinco tendências tecnológicas fundamentais para o sucesso digital”, diz em comunicado enviado à imprensa Pedro Lopes, Managing Director da Accenture Technology.

“O termo digital também inclui as pessoas e um dos principais pontos do estudo desse ano assenta exatamente na sua importância. As organizações digitais poderão capacitar e formar seus colaboradores em novas competências que lhes permitam retirar mais partido da tecnologia, e gerar assim melhores e maiores resultados de negócio.”

Num inquérito paralelo realizado a mais de 3.100 executivos globais das áreas de gestão e de IT, a Accenture verificou que 33% da economia global sofre já impacto do digital. Adicionalmente, 86% dos inquiridos preveem que o ritmo de mudança tecnológica aumente muito significativamente nos próximos três anos.

O Accenture Technology Vision 2016 destaca que as organizações se sentem ultrapassadas pela velocidade da tecnologia, sofrendo do chamado “choque da cultura digital”. Para ultrapassarem esse obstáculo, a consultora defende que as organizações devem adotar uma estratégia que dê prioridade às pessoas e que lhes permita criar novos modelos de negócio rumo à disrupção digital. Um exemplo citado é a GE, que estabeleceu uma nova abordagem, chamada FastWorks, que aproxima os colaboradores dos clientes e, em última instância, promove o desenvolvimento de soluções inovadoras que respondem e superam as expectativas dos consumidores. Já a Virgin America, a única empresa aérea com sede em Silicon Valley, foi mais longe e recompensou a lealdade de seus clientes frequentes com stock options da empresa antes da sua entrada em bolsa.

Neste relatório, a Accenture identifica 5 tendências tecnológicas baseadas na prioridade das pessoas, fundamental para o sucesso na economia digital:

Automação inteligente. As organizações líderes estão a adotar tecnologias de automação, impulsionadas por inteligência artificial (IA), robótica e realidade aumentada, com o objetivo de desenvolver novas formas de interação entre pessoas e máquinas que promovam a produtividade, alterando a forma como seus negócios operam e se desenvolvem. 70% dos inquiridos reconhecem ter aumentado o investimento em IA comparativamente com há dois anos atrás, e 55% preveem utilizar de forma extensa soluções de machine learning e integração de IA, como por exemplo o IPsoft Amelia.

Força de trabalho líquida. Ao introduzir a tecnologia na transformação da força de trabalho, as organizações bem-sucedidas estão criando ambientes altamente adaptáveis e preparados para a mudança, que lhes permitam responder à disrupção da era digital. A vantagem competitiva que essa “força de trabalho líquida” oferece é evidente, tendo os inquiridos indicado que “ter disponíveis os recursos certos, com o conhecimento necessário para realizar uma determinada tarefa” é uma das cinco características mais importantes que procuram num colaborador com funções digitais. No entanto, outras qualidades, como a “aprendizagem rápida” ou a “capacidade de adaptação” são ainda mais prioritárias.

Economia assente em plataformas. Os líderes de cada setor estão tirando o máximo partido do poder da tecnologia, desenvolvendo modelos de negócio com base em plataformas para obter novas oportunidades de crescimento. O impacto dessa nova realidade pode dar origem à alteração macroeconômica global mais profunda desde a Revolução Industrial. Esta ideia é reforçada por 81% dos inquiridos, que admitem que os modelos de negócio baseados em plataformas fizeram parte da sua estratégia de crescimento nos últimos três anos.

Disrupção previsível. Os ecossistemas digitais emergentes estão criando as bases para a próxima onda de disrupção, unindo mercados e eliminando as fronteiras entre cada indústria. As organizações mais inovadoras poderão prever de forma proactiva qual a trajetória desses ecossistemas e assim alcançar vantagens competitivas. Essa disrupção de ecossistemas já é real, com 81% dos inquiridos a referirem estar sentindo estas alterações no seu próprio setor.

Confiança digital. De acordo com 83% dos inquiridos, a confiança é um pilar fundamental na economia digital. Para alcançar a confiança dos indivíduos, ecossistemas e reguladores nesse novo enquadramento, as organizações devem focar-se na ética digital como uma estratégia essencial, dado que a mera garantia de maior segurança já não é suficiente.

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Por: Susana Marvão

Fonte: bitmag.com.br

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