10 tecnologias de alto impacto para 2016

A empresa de consultoria Gartner fez 10 previsões tecnológicas que prometem nos surpreender e influenciar as organizações significativamente no próximo ano. Entre os fatores usados para determinar as escolhas está a elevada possibilidade de interferência nos negócios, usuários finais ou TI, a necessidade de grandes investimentos e o risco de se tornar ultrapassado caso não seja adotado logo.

Veja a seguir:

1. Malha de dispositivos

O termo é uma referência a um extenso conjunto de pontos que são utilizados para acessar aplicativos e informações ou para a interação com pessoas, redes sociais, governos e empresas. Na malha de dispositivos estão inclusos os aparelhos móveis, wearables, eletrônicos de consumo e domésticos, automotivos e ambientais.

David Cearley, vice-presidente da Gartner, diz que “o foco está no usuário móvel, que é cercado por uma malha de dispositivos que se estende muito além dos meio tradicionais”. O executivo ainda afirma que mesmo que os aparelhos estejam mais conectados a sistemas back-end por meio de variadas redes, muitas vezes eles acabam operando isoladamente.

2. Experiência ambiente-usuário

A Gartner explica que a malha de dispositivos é capaz de estabelecr a base para uma nova experiência de usuário contínua e de ambiente, afirmando também que locais imersivos, ou seja, que disponibilizam realidade virtual e aumentada, contam com um potencial significativo, mas são apenas um dos aspectos da experiência. A vivência entre o ambiente e o usuário faz a preservação da continuidade por meio das fronteiras da malha de dispositivos e também do tempo e espaço.

De acordo com o estudo, a experiência flui em um conjunto de dispositivos de deslocamento e em canais de interação, misturando o ambiente físico com o virtual e o eletrônico, conforme o usuário se locomove.

Cearley explica esta questão: “Projetar aplicativos móveis continua sendo um importante foco estratégico para a empresa. No entanto, o projeto objetiva fornecer uma experiência que flui e explora diferentes dispositivos, incluindo sensores da Internet das Coisas e objetos comuns, como automóveis, ou mesmo fábricas. Projetar essas experiências avançadas será um grande diferencial para fabricantes independentes de software (ISVs) e empresas similares até 2018”.

3. Impressão 3D

Já estamos presenciando a impressão 3D em diversas áreas, como a médica, aeroespacial, automotiva, de energia, eletrônicos, farmacêuticos e biológicos. O investimento nessa tecnologia possibilita o uso de vários materiais, como ligas avançadas de níquel, fibra de carbono, vidro, tinta condutora, eletrônicos, materiais farmacêuticos e biológicos, entre outros.

A Gartner afirma que a oferta crescente de materiais deve trazer uma taxa de crescimento anual de 64,1% em carregamentos de impressoras 3D empresariais até 2019. Os avanços, no entanto, exigem uma grande reformulação nos processos de linha de montagem e também na cadeia de suprimentos.

“Ao longo dos próximos 20 anos, a impressão 3D terá uma expansão constante dos materiais que podem ser impressos, além do aprimoramento da velocidade com que os itens podem ser copiados e do surgimento de novos modelos para imprimir e montar peças”, aposta o analista do Gartner.

4. Informação de tudo

Tudo o que está presente na malha digital tanto produz, quanto utiliza e transmite informações que vão além do texto, áudio e vídeo, incluindo também informações sensoriais e contextuais. A Gartner define o termo “informação de tudo” como a abordagem dessa afluência com estratégias e tecnologias que conectam dados de todas essas diferentes fontes.

5. Aprendizagem avançada de máquina

A consultoria explica que no aprendizado avançado da máquina, as Redes Neurais Profundas (DNN) se movimentam além da computação clássica e da gestão da informação, criando assim sistemas que podem se tornar capazes de perceber o mundo de maneira autônoma.

Quando as múltiplas fontes de dados e a complexidade da informação se tornam inviáveis e não rentáveis para a classificação e análise manual, as DNNs acabam automatizando essas tarefas e possibilitando a abordagem de desafios-chave relacionados com as tendências.

As DNNs se tratam de uma forma avançada de aprendizado de máquina, que é particularmente aplicável a conjuntos de dados grandes e complexos, fazendo com que equipamentos inteligentes pareçam inteligentes de fato. Elas também permitem que sistemas de hardware, ou baseados em software, aprendam sozinhos todos os recursos disponíveis em seu ambiente, desde os menores detalhes até classes abstratas, como o conteúdo de varredura. Esta área está em constante evolução e as organizações precisam aprender a aplicar as tecnologias para obter uma vantagem competitiva.

6. Agentes e equipamentos autônomos

Com o aprendizado de máquina surgem implementações de inteligência em equipamentos como robôs, veículos, Assistentes Pessoais Virtuais e assessores inteligentes, que atuam de forma autônoma e semiautônoma. Quando o avanço acontece com base em softwares, o retorno acaba sendo mais rápido e o impacto ainda mais amplo.

A Gartner cita como exemplos as assistentes pessoais mais utilizadas, como o Google Now do Android, o Cortana da Microsoft e a Siri da Apple, afirmando que elas estão mais inteligentes e que são os precursores de agentes autônomos.

“Ao longo dos próximos cinco anos evoluiremos para um mundo pós-aplicativos, com agentes inteligentes fornecendo ações e interfaces dinâmicas e contextuais. Os líderes de TI devem explorar como usar equipamentos e agentes autônomos para aumentar a atividade, permitindo que as pessoas façam apenas os trabalhos que humanos podem fazer. No entanto, eles devem reconhecer que agentes e equipamentos inteligentes são um fenômeno de longo prazo, que evoluirá continuamente e expandirá seus usos nos próximos 20 anos”, diz o estudo.

7. Arquitetura de segurança adaptativa

As organizações estão cada vez mais vulneráveis a ameaças digitais, então um líder de TI precisa se concentrar em detectar e responder a essas ameaças, não só no usando o bloqueio mais tradicional, como também buscando outras medidas.

Com a autoproteção de aplicativos e a análise do comportamento dos usuários e das entidades, a arquitetura de segurança adaptativa se torna mais eficiente.

8. Arquitetura de sistema avançado

A malha digital e as máquinas inteligentes exigem grandes e intensas demandas de arquitetura de computação, para que assim se tornem viáveis para as organizações. Por ser alimentada por matrizes de Portas Programáveis em Campo (FPGA) como tecnologia subjacente, as máquinas ganham mais execução em velocidades de mais de um teraflop e com alta eficiência energética.

“Sistemas construídos em Unidades de Processamento Gráfico (GPU) e FPGAs funcionarão como cérebros humanos, particularmente adequados para serem aplicados à aprendizagem profunda e a outros algoritmos de correspondência de padrão usados pelas máquinas inteligentes. A arquitetura baseada em FPGA possibilitará uma maior distribuição de algoritmos em formatos menores, usando consideravelmente menos energia elétrica na malha de dispositivo e permitindo que as capacidades avançadas de aprendizado da máquina sejam proliferadas nos mais ínfimos pontos finais da Internet das Coisas, tais como residências, carros, relógios de pulso e até mesmo seres humanos”, explica Cearley.

9. Aplicativo de rede e arquitetura de serviço

A Gartner pontuou na pesquisa que os designs monolíticos de aplicação linear, como a arquitetura de três camadas, agora dão espaço para uma nova abordagem: os aplicativos e serviços de arquitetura. A consultoria explica que ela é ativada por serviços de aplicativos definidos por software e permitem desempenho, flexibilidade e agilidade.

A arquitetura de microsserviços já se tornou um padrão emergente na criação de aplicações distribuídas, aquelas que suportam um fornecimento ágil e a implantação escalável tanto no local, quanto na nuvem. Juntando elementos móveis de da Internet das Coisas para a arquitetura de aplicativos, é possível criar modelos para lidar com a escalabilidade em nuvem de back-end, além de oferecer experiência de malha de dispositivos de front-end.

A empresa ainda diz que as equipes desenvolvedoras de aplicativos precisam criar arquiteturas modernas para fornecer utilitários baseados em nuvens ágeis, flexíveis e dinâmicos. A experiência do usuário também precisa ter essas características e ainda abranger a malha digital.

10. Plataformas de IoT

Por último, a Gartner diz que as plataformas de Internet das Coisas complementam o aplicativo de rede e a arquitetura de serviço, afirmando que as tecnologias e padrões da plataforma se tratam de um conjunto básico de competências para elementos de criação, gestão e fixação.

“Qualquer empresa que adote a IoT precisará desenvolver uma estratégia de plataforma, porém abordagens incompletas de provedores concorrentes dificultarão sua implementação até 2018”, finaliza Cearley.

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Fonte: corporate.canaltech.com.br

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