Você sabe o que é depreciação de ativos? A depreciação está ligada diretamente à perda de valor de um bem decorrente do seu uso, da limitação da vida útil do objeto, seja por conta técnica, comercial ou de desgaste normal. É importante ressaltar que, mesmo os ativos imobilizados tendo suas manutenções em dia, ainda sim eles precisam ser depreciados.
O que poucos sabem é que um bem só pode ser depreciado se sua vida útil acima de um ano ou tendo um valor mínimo de R$ 1.200 reais, caso o valor seja menor o bem é lançado no sistema como despesa.
A taxa de depreciação serve para catalogar o desgaste efetivo dos bens de uma organização, seja pelo uso do objeto, pela ação do tempo, pela inutilidade ou pela obsolescência. Empresas tributadas pelo Lucro Real, o cálculo da depreciação é obrigatório. Após o reconhecimento da depreciação dos objetos, a organização se beneficiará, uma vez que a depreciação é catalogada como despesa, reduzindo assim o lucro e, consequentemente, o valor do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Após realizada essa primeira apresentação sobre o assunto da depreciação de ativos, confira a seguir mais informações sobre o tema.
Saiba quais são os bens depreciáveis e os não depreciáveis
Uma informação importante de ser compreendida por todos é que nem todos os ativos imobilizados de uma empresa são depreciáveis. Dentro de uma companhia existem bens depreciáveis e bens não depreciáveis e, a maior curiosidade é que mesmo os bens do mesmo tipo, como imóveis, podem ser depreciáveis ou não.
Esse tipo de diferença acontece porque o fato de um bem sofrer depreciação está conectado diretamente ao uso para as atividades da empresa.
Confira abaixo uma lista de bens depreciáveis e bens não depreciáveis.
Bens depreciáveis:
– Imóveis usados para atividades da empresa ou alugados sendo, portanto, geradores de renda;
– Bens móveis usados para o desempenho das atividades internas da empresa;
– Máquinas e equipamentos;
– Automóveis ou veículos no geral utilizados para execução das atividades externas da empresa.
Bens não depreciáveis:
– Terrenos e propriedades não alugadas e nem utilizadas para os afazeres da companhia;
– Itens, como obras de arte, que podem aumentar o valor com o passar do tempo;
– Bens com vida útil inferior a um ano.
A diferenciação dos bens depreciáveis ou não segue uma lógica, por exemplo, caso um bem não esteja sendo utilizado pela empresa, em geral, esse bem não será considerado depreciável. Ao passo que, quando for ao contrário, quando o bem tem alguma utilidade na empresa entra na lista de bens depreciáveis.
Porém, também existem pontos específicos na lista de bens não depreciáveis. Com o tempo alguns bens podem aumentar de valor, como por exemplo: obras de arte, relíquias, antiguidades, entre outros.
E, por fim, existem também os bens com vida útil mais curta, em geral, esses itens são menores de uso de curta duração e com baixa impacto no montante geral do ativo imobilizado da empresa.
Quais são os tipos de depreciação?
Existem também diferentes métodos para realizar o cálculo da depreciação, isso acontece porque depende muito da estrutura de uma companhia. Neste momento é importante conhecer todos os todos os tipos de depreciação, para que se possa avaliar qual deles vai se encaixar da melhor maneira, pois cada negócio tem suas particularidades. Confira abaixo os tipos de depreciação!
Depreciação Linear
Este é o tipo de depreciação mais comum, visto que considera que o bem se desvaloriza com o passar do tempo. As empresas optam por essa opção pois ela representa a forma mais próxima a desvalorização de um bem, além de ser o método mais simples de ser calculado. Para utilizar o cálculo basta aplicar o percentual de depreciação sobre o valor do item ao longo dos anos.
Depreciação Acelerada
Esse tipo de cálculo de depreciação é utilizado por um tipo específico de empresa, que são empresas que operam seu maquinário por mais de dois turnos diariamente. Nesses casos, a taxa de depreciação pode aumentar de acordo com a utilização dos bens. Para um item cuja taxa de depreciação seja 10% para utilização de um turno e, em casos específicos como a produção trabalhando em mais de dois turnos, será de 15% ou 20%.
Depreciação Acumulada
Na prática esse método de cálculo é a soma da depreciação de todos os bens de uma empresa. Apesar de parecer simples, ele é de grande importância porque esse é o valor que será apresentado no balanço patrimonial de uma organização. Dessa maneira, apesar de cada bem possuir a sua taxa de depreciação específica, os valores da depreciação dos itens serão calculados pelo contador. A partir desse número o próprio contador abaterá do resultado da empresa.
Depreciação Gerencial
A depreciação gerencial é um modo contábil usado normalmente para controle interno. Isso ocorre porque esse tipo de depreciação é utilizado quando o item ultrapassa seu tempo de vida útil ou não é mais usado pela indústria.
Esse tipo de depreciação serve para a organização calcular qual precisa ser o valor para esse item ser vendido, neste caso, apesar de não ter mais utilidade, a empresa consegue calcular um valor compatível com o nível de uso do item.
Como calcular depreciação de ativos?
Para realizar o cálculo da depreciação é preciso utilizar o valor de aquisição de um item e a taxa de depreciação anual desse bem. As taxas variam conforme o bem e, também, de acordo com a intensidade de utilização desse item.
No tópico abaixo te mostramos exemplos de aplicação do cálculo.
Métodos de aplicação do cálculo
Existem métodos para calcular a depreciação de um bem. Nem todo ativo imobilizado vai ser calculado da mesma forma, existem três tipos básicos de cálculo:
– Método da Linha Reta;
– Método Acelerado;
– Método de Unidades Produzidas.
Vamos a explicação de cada método abaixo!
Método da Linha Reta
É o mais simplificado dos métodos e o preferido para realizar cálculos orçamentários, pois esse método consegue tratar os produtos de maneira geral. A fórmula é:
Da = (VN – VR)/N
Sendo:
– Da = Depreciação anual
– VN = Valor novo
– VR = Valor Residual
– N = vida útil em anos
A depreciação anual definida pelo Método da Linha Reta vai diminuir o valor residual que um item perde a cada ano (VR) do valor de compra do produto (VN), dividido pelo tempo calculado de vida útil do produto em anos (N).
Método Acelerado
O Método Acelerado parte da estimativa de que todo ativo imobilizado perde mais valor no primeiro ano do que nos seguintes.
No cálculo de depreciação, os anos são somados e cada um deles vai corresponder a uma parte do valor decrescente pelo total da soma dos anos.
Essa fração será aplicada sobre a dedução do valor residual sobre o novo valor:
Da = (VN – VR) x Nd/TN
Sendo:
– Da = Depreciação anual
– VN = Valor novo
– VR = Valor Residual
– Nd = Numeração do ano da vida útil em ordem decrescente
– TN = Soma dos anos de vida útil
Obs: Pelo fato desse método nunca chegar a zero, é normal que ele seja substituído pelo Método de Linha Reta (apresentado anteriormente) ao final da vida útil.
Método de Unidades Produzidas
Caso seja necessário calcular a depreciação a partir do uso ou produção previstos do ativo imobilizado é possível utilizar a seguinte fórmula:
D = VN x TD
Sendo:
– D = Depreciação
– VN = Valor novo
– TD = Taxa de depreciação
A taxa de depreciação pode ser calculada de duas maneiras: através da tabela de depreciação anual definida pela RFB ou pela fórmula abaixo:
TD = Nº de unidades produzidas/ Total de unidades a produzir na vida útil
Essa fórmula tem a vantagem de não depender única e exclusivamente do tempo, mas sim da produção.
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Para realizar o cálculo da taxa de depreciação é preciso do auxílio de uma solução tecnológica para que não ocorram equívocos e para que o processo seja 100% automatizado. Sem o auxílio da tecnologia o trabalho pode ser redobrado e por vezes será necessário fazê-lo novamente, ou seja, um retrabalho.
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