A Reforma Tributária brasileira, ao propor a unificação dos impostos sobre o consumo, materializada no Imposto sobre Valor Agregado (IVA), promete o fim da guerra fiscal entre os estados e a redução da carga tributária cumulativa sobre as empresas. Diante disso, na prática, você já sabe como essa mudança impacta a sua organização?
Mais do que uma simples “aglutinação” das cargas existentes, a criação dos tributos de Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) inaugura um novo momento para a gestão fiscal das empresas, que agora precisam atentar-se ao princípio da não-cumulatividade para aproveitar os créditos fiscais que a Reforma oferece.
Nesse cenário, entender os impactos da Reforma, distinguindo os setores que serão beneficiados dos que sofrerão com maior carga tributária, é essencial para adaptar processos que proporcionem um planejamento tributário mais eficiente na sua empresa!
Quer entender em detalhes como preparar o seu negócio de forma eficiente? Siga a leitura e confira!
Como a Reforma Tributária pressiona mudanças na gestão fiscal das empresas
Em primeiro lugar, é importante esclarecer o que é o “princípio da não-cumulatividade” e por que a guerra fiscal entre os estados deve acabar com a Reforma. Segundo a Constituição, este princípio determina que os produtores não pagarão sobre a totalidade da cadeia produtiva, mas sim sobre a parcela desta cadeia que lhes diz respeito.
Junto disso, quanto às disputas fiscais, agora, os produtos passam a ser tributados nos seus locais-fim, ou seja, no local onde chega ao consumidor e não mais onde são produzidos. Desse modo, os estados produtores deixam de acumular a maior parte dos tributos nacionais, que irão se distribuir de forma mais igualitária pelo país.
Portanto, na nova tributação, a gestão fiscal das empresas precisará de atenção redobrada à localização dos consumidores e centros de distribuição, vez que a mudança da incidência dos impostos muda a governança tributária que cada localidade exige.
O que muda no planejamento tributário com IBS, CBS e IS
Dentre os aspectos que merecem atenção neste novo cenário estão a mudança da tributação no local-fim de consumo, o Imposto Seletivo (IS) e adequação que as ferramentas que facilitam a governança fiscal precisarão passar.
Nessa ótica, quanto à tributação no local-fim, se antes, no contrato estaria estipulada a dedução tributária por parte do estado produtor, na nova conjuntura, é o estado vendedor final que pagará o imposto e que, portanto, poderá fazer deduções.
Além disso, o IS, que é o tributo que passará a incidir sobre os produtos que o Governo deseja desestimular a venda, deverá ser considerado nas organizações vendem itens como: cigarros, refrigerantes, pesticidas e agrotóxicos.
Desse modo, no planejamento tributário das organizações, serão importantes as negociações de preços e cláusulas de reajuste que passem a considerar as novas alíquotas praticadas, a fim de evitar perdas financeiras.
Ainda, é fortalecida a necessidade de investimento na modernização dos sistemas de ERP e das soluções de compliance fiscal utilizados, visto que as plataformas atuais foram construídas com base na lógica do ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI; de modo que deverão ser atualizadas para lidar com a CBS, IBS e o Imposto Seletivo.
3 estratégias para preparar a sua empresa desde já
A nova Reforma foi aprovada em 2025 e será implementada de forma gradual entre 2026 e 2032, até que em 2033 passe a valer completamente. Nesse período, as melhores práticas para as organizações se adaptarem com segurança à nova realidade são:
- Diagnóstico tributário
Para iniciar, realize um mapeamento detalhado das operações da empresa sob a ótica da nova legislação. Assim, levante preços, contratos e operações logísticas e busque verificar se estão condizentes com o que estipula a Reforma.
- Integração com outras áreas
A área fiscal precisará se integrar com os setores de compra e vendas ainda mais, por isso, aposte no uso de soluções que centralizem as informações da sua empresa, como ERPs atualizados, para avaliar impactos de modo preciso e tomar decisões seguras.
- Usar a adequação como diferencial
Lembre-se: a antecipação é uma vantagem. Por isso, quanto antes o seu negócio se adequar, mais previsibilidade tributária a sua equipe terá, o que significa maior prevenção de riscos e ações mais assertivas para aproveitar as mudanças fiscais a favor do desempenho do seu negócio.
Dê o próximo passo na adequação da sua empresa!
A Reforma Tributária representa mais do que uma mudança legislativa: ela redefine as bases da gestão fiscal no Brasil. Nesse novo cenário, as organizações que se anteciparem garantirão conformidade e vantagem competitiva.
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