A Sispro – Serviços e Tecnologia para a Administração e Finanças, em seu trabalho de consultoria a várias empresas na adequação às novas regras da contabilidade baseadas no IFRS, identificou que muitas indústrias que possuem máquinas e equipamentos antigos, ainda em operação, estão entre as empresas com maiores dificuldades de adequação do seu Patrimônio.
Segundo a equipe de consultores da Sispro, isto acontece porque estes equipamentos estão contabilizados como ativo de baixo valor residual – muitas vezes igual a R$ 0,00 – por serem antigos, enquanto que o IFRS indica que os bens destinados à produção e geradores de caixa devem ter novo tratamento no balanço contábil e patrimonial, devendo ser avaliados de acordo com a sua capacidade geradora de caixa e com o seu valor recuperável. Outra dificuldade das indústrias é contabilizar o mesmo equipamento em um valor financeiro que pode gerar tributos, entre eles PIS, Cofins e IR.
Entre os setores da indústria que possuem máquinas e equipamentos nesta situação estão as metalúrgicas, têxteis, gráficas, indústrias químicas e outras.
Sidinei Neri, consultor do Sispro Patrimônio, conta que outro fator que pesa na hora das empresas se adequarem às novas regras é o prazo: o ano de 2010, tendo como comparativo o ano base 2009, de acordo com a Lei 11.638 (que passou a vigorar em 1º de janeiro de 2009), da normativa 527 da Comissão de Valores Mobiliários, do CPC 01 (Comitê de Pronunciamento Contábil) e do IAS 36 (International Accounting Standards) para que as empresas possam atender ao modelo IFRS. “As regras já estão valendo e muitas empresas ainda não conseguiram colocar em prática as determinações devido à sobrecarga dos profissionais envolvidos neste processo, com outras tarefas como a adequação ao SPED e à NFe, que vêm tomando muito tempo do pessoal” exemplifica o consultor.
Na prática, para que as empresas resolvam esta situação, é necessário analisar o tamanho do problema. “É preciso fazer uma análise dos ativos de maior importância existentes na empresa que possuam valor residual igual a zero (custo – depreciação). Se estes ativos estão gerando caixa, este valor deve ser reconhecido na Contabilidade. Assim, deve-se atribuir um valor a estes itens, e é neste momento que se faz a análise do impacto financeiro que isto terá. Vale lembrar que este ajuste reflete diretamente no patrimônio, aumentando, ou melhor, valorizando a empresa na maioria das vezes”, destaca Neri.
O especialista da Sispro explica que para identificar o real valor de um patrimônio é necessário realizar o “teste de impairment” conforme estabelecido na norma. “Este teste permite identificar o valor recuperável de ativos de um determinado empreendimento, que pode ser resultado de uma deterioração com origem em diversos fatores, desde a redução do valor de mercado, mudança significativa no ambiente tecnológico, econômico ou legal, entre outras. Também se deve levar em conta se o bem é gerador de caixa e qual seria o seu valor contábil real. Daí, a grande dificuldade das empresas em realizar este tipo de teste sem a ajuda de especialistas”, comenta.
Lourival Vieira, diretor de Marketing da Sispro, lembra que este é um ano de muitas mudanças nos controles internos das empresas, e, restando poucos meses para o final do ano, as empresas precisam se atentar aos prazos da adequação do Patrimônio às novas regras, segundo a legislação vigente.
“As empresas não podem deixar para a última hora a tarefa de adequação do seu Patrimônio às novas regras, com risco de sofrer as implicações legais. Além disso, as empresas perdem a oportunidade de colocar o seu modelo de Contabilidade em sintonia com as normas internacionais IFRS. Quanto mais tempo se leva para iniciar este processo, maior é a chance do projeto dar errado”, acrescenta o executivo, que sugere, como apoio, a contratação dos serviços especializados da Sispro para adequação do Patrimônio às normas do IFRS, garantindo, assim, às empresas, a entrega de informações patrimoniais atualizadas para a análise de seus balanços pela auditoria.
“Este trabalho ajuda a apresentar os demonstrativos de resultado de acordo com as novas normas, refletindo em transparência e maior confiança na empresa, e viabilizando a comparação de balanços em diferentes países. Com isso, os executivos financeiros, contadores e controllers poderão gerar uma apresentação realista da eficiência empresarial para a análise de acionistas e investidores”, conclui o executivo.