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Varejo on-line segue otimista e revê para cima projeções

Em meio à desaceleração da economia brasileira e à notícia de que o País enfrenta um cenário de “recessão técnica”, o comércio eletrônico (e-commerce) destoa. O setor já revê para cima o crescimento, que pode chegar a 25% no ano impulsionado pela Black Friday – período em que os preços são reduzidos pelas redes varejistas para troca de estoque -, e pelas vendas de Natal. “Antes estávamos prevendo crescimento de 20% em 2014”, informou o diretor executivo da E-bit, Pedro Guasti.

O diretor esteve na E-fashion Day, evento do setor realizado ontem, em São Paulo. Conforme Guasti, a dinâmica do e-commerce é diferente dos outros canais de vendas, uma vez que o segmento consegue oferecer preços mais “competitivos, além do frete grátis”, comentou ele.

Entre os fatores que devem favorecer as vendas de final de ano, Guasti destacou a proximidade da Black Friday. Para o diretor, as redes varejistas já estão se preparando para o evento que deve ter grande participação das lojas físicas. Diferentemente dos Estados Unidos, onde a regra é esvaziar as prateleiras antes do Natal, as empresas brasileiras “devem utilizar a data para oferecer megadescontos para os clientes, se destacando no mercado”, apontou.

Com boas expectativas de vendas no Natal, os produtos eletrônicos, celulares, TVs e tablets devem ser os artigos mais comercializados no período. Questionado sobre o futuro, Guasti diz que o varejo brasileiro terá de repensar o seu modelo de atendimento, com plataformas cada vez mais integradas, já que o segmento móvel (mobile) será importante canal de atendimento. “Estamos bem atrasados quando olhamos para outros países. Nos EUA, o assunto do momento é potencializar as vendas nos celulares”.

Outlet virtual

Uma das empresas que têm aproveitado o cenário econômico volátil para se desenvolver no País é a rede Privalia. O CEO da companhia, Fabio Bonfá, disse que durante a crise econômica europeia, a companhia se desenvolveu e ganhou espaço inclusive nos mercados espanhol e italiano. Para ele, a desaceleração econômica brasileira não afeta a companhia. O executivo explica que com a redução das vendas, os fornecedores têm bom volume para as pontas de estoque e como a empresa é um outlet virtual, está sempre abastecida. A Privalia têm operações no Brasil, Espanha, México, Itália e Alemanha. Neste último, atua com a bandeira Dress for Less.

“Não vemos crise no e-commerce e isso se reflete nas nossas vendas ao longo do ano, em especial no terceiro semestre que foi muito bom para marca”, disse ele.

Preparada para o Black Friday, a companhia aposta no frete grátis e na divulgação para chamar a atenção dos clientes. “Trabalhamos o evento 365 dias no ano, já que diariamente fornecemos descontos de até 70%”, ressaltou.

Segundo o CEO, os esforços do outlet virtual agora estão voltados para o setor de logística, já que este ano a empresa iniciou uma reestruturação operacional para melhorar o prazo de entrega das compras. “20% das entregas têm sido feitas, na média, em no máximo seis dias, ante os 25 e 30 dias”.

Outro plano da companhia é ter o maior número de campanhas promocionais no modelo de entrega rápida durante o Black Friday, que começa dia 28 de novembro e geralmente dura até cinco dias. A empresa deve também reforçar a estrutura do sistema de navegação da web, que chega a triplicar nos dias de descontos. Atualmente, 40% das vendas da Privalia são através do canal mobile da empresa e o valor chegou a 49% em agosto. Entre os produtos mais comprados, destaque para o setor de moda feminina e calçados que representa 65% das vendas, seguido por utilidades domésticas, cama, mesa e banho (20%) e o restante dividido entre acessórios e brinquedos.

Pesquisa Google

Na área de consumo, as empresas que atuam no e-commerce têm percebido mudanças no hábito de compra dos clientes. Levantamento feito pelo Google (apresentado no E-fashion Day) apontou que atualmente 53% das pesquisas feitas na plataforma da empresa são sobre o mercado de moda feminina.

De acordo com o head de indústria da empresa, Adriano Nasser, o volume de buscas sobre o assunto cresceu 40% de 2011 a 2013 e deve dobrar até o final deste ano. “Entre os termos mais procurados no site está a palavra slim, independente da categoria seja ela terno, camiseta, blazer e outros para homens e mulheres.”

Entre os produtos mais procurados pelas mulheres, 50% das buscas são relacionadas a vestidos, que é seguido pelos calçados, saias e blusas. Já para os homens, destaque para os calçados vem crescendo na casa dos 114% desde 2010. “O mercado masculino cresce de forma linear o ano todo, diferente do feminino que possui picos dependendo das coleções.”

Fonte: DCI – 09/09/14