Sindilojas Alto Uruguai defende que o varejo pode contribuir com o meio ambiente

Qualidade, eficiência operacional, preço competitivo e ética são alguns elementos no mundo dos negócios que compõem o diferencial. Recentemente, as preocupações com a inclusão social e meio ambiente foram incorporadas ao rol de bens que definem o posicionamento e a competitividade. A sustentabilidade socioambiental das empresas precisa ser avaliada, por meio do posicionamento estratégico da empresa dentro do mercado consumidor que deseja atingir. Neste caso, é preciso reconhecer a importância da liderança na efetividade da estratégia de sustentabilidade das empresas. É necessária a devida modernidade para incorporar a visão e proporcionar o convencimento quanto ao valor que deverá ser agregado ao negócio.

Na prática, incorporar aspectos ambientais, econômicos e sociais diminui custos, especialmente na redução de riscos, e gerenciamento dos desperdícios, impactando positivamente na lucratividade. Para ele, alterar a filosofia de uma empresa requer investimentos de longo prazo, pois requer solidificar relacionamentos com os clientes da empresa, comunidades vizinhas e colaboradores internos, buscando enraizar vínculos de fidelidade.

Nas corporações do varejo é possível ter empresas, independentemente do porte, adotando processos sustentáveis de simples implantação. A arquitetura dos espaços deve ser o primeiro passo, privilegiando a iluminação natural, materiais de origem certificada, pé direito mais alto, reuso de água, captação de água da chuva, energia solar, gerenciamento de resíduos, descarte de entulho, etc. Conforme especialistas, a construção “verde” tem um custo médio de 10% a 15% mais alto, mas se justifica pela redução de custos operacionais imediatos. Da mesma forma, incluir programas de eficiência energética reduz os gastos com iluminação, equipamentos eletroeletrônicos, aquecedores e refrigeração, buscando incorporar formas alternativas degeração e utilização de energia.

Na logística e operação da loja, incluindo o gerenciamento de resíduos, cuja segregação dos materiais recupera matérias-primas que, ao serem comercializadas, podem ser revertidas para os colaboradores internos, terceirizadas ou encaminhadas às cooperativas e empresas recicladoras. O varejo produz impactos ambientais de pequena amplitude e magnitude, quando comparado ao produzido por indústrias que usam recursos naturais ou emitem quantidades de gases de efeito estufa mais expressivas. Assumindo, porém, um trabalho de mobilização e conscientização no consumo, muitas redes estimulam a mudança cultural junto aos colaboradores, fornecedores e consumidores.

Paulatinamente, consumidores têm se tornado cada vez mais conscientes, procurando alternativas para acondicionar as compras, tais como, sacolas retornáveis, caixas de papelão; optando por produtos orgânicos; engajando-se nos programas de coleta de embalagens pós-consumo; ou adquirindo produtos oriundos de comunidades, cooperativas e associações de artesãos.

Em relação aos fornecedores, as grandes redes de varejo podem negociar propostas que reduzam as quantidades de embalagens, assim como podem requerer certificados de procedência de matérias primas,evitando que sejam provenientes da degradação de florestas nativas, ou ainda, vetando praticas trabalhistas ilegais e discriminatórias. Também os colaboradores podem ser estimulados a aderir a programas de voluntariado e relacionamento comunitário, participando ainda no processo interno de ajuste em relação aos princípios da sustentabilidade.

O Sindilojas Alto Uruguai acredita que o posicionamento da empresa em relação ao desenvolvimento local pode vir a cooperar na solução de problemas das comunidades em que atua, investindo no futuro, contribuindo na evolução da sociedade, perante a crença de que a sustentabilidade produz resultados reais e crescentes, tanto para a empresa, como para asociedade num verdadeiro “ganha-ganha” às cadeias de negócios.

Fonte: www.jornalboavista.com.br – 10/09/14

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