Malan ressalta a urgência de acelerar o processo da convergência contábil

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Malan: o fato de o Brasil possuir um regulador principal mostra que está muito avançado em relação a outros países

A crise financeira global é uma oportunidade para o Brasil avançar no processo da convergência contábil. A avaliação é do ex-ministro da Fazenda e trustee do IASC Foundation, Pedro Malan. Durante o encerramento do 11º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, ele salientou a importância de se resolver problemas de regulação, supervisão, fair value, impairment e fez um apelo para que os profissionais de Relações com Investidores atentem para a urgência do processo de migração para o IFRS (Internacional Financial Reporting Standards), para se enquadrarem às normas internacionais de contabilidade e estejam prontos para acompanhar as mudanças.

– O uso das normas internacionais apresenta-se como vantagem competitiva para as empresas brasileiras – afirmou.

Para o ex-ministro, o Brasil é um país-chave no processo de convergência contábil por conta do peso do nosso mercado de capitais e o respeito que instituições como o Banco Central, CVM e Susep conquistaram. “Queremos uma língua contábil universal que seja falada e interpretada por todos. O Brasil está se estruturando para isso, avançamos e o resto do mundo reconhece que temos competência para isso”, ressaltou Pedro Malan ao final de sua apresentação.

Para o vice-presidente executivo da NYSE Euronext, Scott R. Cutler, a reforma da regulamentação do mercado é fundamental para preencher lacunas em algumas áreas.

– O fato de o Brasil possuir um regulador principal mostra que está muito avançado em relação a outros países. Nem os EUA possuem esse modelo – enfatizou durante o Encontro.

Ele afirmou que o Brasil está preparado para responder a crise financeira global, ao destacar também os programas do governo brasileiro nas áreas de habitação e agricultura. Cutler enfatizou que o desaparecimento de empresas financeiras durante a crise financeira global levou a reestruturação da confiança do mercado e investidores.

Ana Borges

 Fonte: ww.monitormercantil.com.br

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