Há descompasso entre a mobilidade corporativa e a aderência dos ERPs. O que fazer? - SISPRO
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Há descompasso entre a mobilidade corporativa e a aderência dos ERPs. O que fazer?

Há descompasso entre a mobilidade corporativa e a aderência dos ERPs. O que fazer?

Atacar o mercado com soluções prontas e ganhar na escala é um erro. O processo de criação e o modelo comercial precisam ser reinventados

Temos lido muito sobre o baixo índice de adesão à Mobilidade Corporativa, ou seja, ao desenvolvimento de soluções mobile a serviço dos processos empresariais e principalmente em processos integrados aos Sistemas de Gestão Empresarial (ERPs).

Ao mesmo tempo algumas pesquisas já colocam a Mobilidade Corporativa entre as principais prioridades dos CIOs, pois não há dúvidas sobre os benefícios da utilização da plataforma móvel, já existente, nas mãos de todos os envolvidos nos processos de negócios da empresa, mas que continuam a executar atividades fora de suas mesas, desconectados dos sistemas corporativos utilizados pela companhia.

Qual seria o motivo desse “descompasso” entre a oferta e a demanda por soluções de Mobilidade Corporativa?

Existem ofertas dos atuais fornecedores de ERPs para a mobilidade?

Sim, existem algumas, mas são pouco aderentes à real necessidade das empresas, não dando a efetiva motivação para a sua adoção.

Um dos motivos do descompasso entre a oferta e a demanda é causado pelo fato de os fornecedores tratarem os sistemas em dispositivos móveis com a mesma mentalidade e metodologia de desenvolvimento usada em sistemas para desktops.

O processo de criação e o modelo comercial precisam ser reinventados. A Mobilidade Corporativa é como uma extensão da utilização do sistema de gestão e deve ser encarada em parte como uma customização na busca pelo aumento da aderência dos processos corporativos a partir do ERP padrão, tornando, assim, o sistema mais aderente ao processos de negócios.

Atacar o mercado com soluções prontas e ganhar na escala, através de licenciamento, é o mundo ideal  para os fornecedores de ERPs e é a mentalidade vigente, mas será que cabe realmente esse mesmo modelo na Mobilidade Corporativa?

O outro extremo, que seria tratar 100% da mobilidade como customização, pode afetar a viabilidade de muitos projetos. No entanto, vejo aqui um meio termo, ou seja, um template que possa servir de acelerador ao desenvolvimento da solução e que possa ser o caminho para as empresas de TI – fornecedores de sistemas – chegarem à solução ideal para cada cliente.

Desenvolver templates funcionais, que possam ser utilizados em demonstrações e provas de conceito e possam ser licenciados, mas que também sejam abertos ao desenvolvimento de uma solução específica, me parece ser o melhor caminho a ser seguido quando tratamos de soluções móveis para este mundo de ERPs.

O limiar de tempo no qual a nossa atenção é dispersada e decidimos deixar a tarefa para depois é de poucos segundos em um smartphone, um pouco maior no tablet e muito maior nos desktops. Isso por si só já apresenta um cenário que muda totalmente o que estamos acostumados a fazer para desktops e sugere uma alteração na forma de se ver e encarar a demanda por mobilidade. Não há espaço para sistemas complexos, cheio de opções de menu ociosas, com um caminho longo para chegarmos à transação que necessitamos e repleto de campos que não temos necessidade de ver.

Para se obter essa extrema efetividade que a Mobilidade Corporativa está envolvida, uma solução sob medida ajustada a partir de um template parece ser o caminho ideal.

Neste ponto, alguns desafios são colocados às empresas de TI, que necessitam escolher plataformas de desenvolvimento que sejam multi canais e não imponham esforços multiplicados de desenvolvimento para cada sistema operacional onde a aplicação funcionará. Além de ser de fácil aprendizado para que parceiros implantadores e clientes tenham a possibilidade de atuar com elas com maior facilidade.

A Mobilidade Corporativa traz consigo novos elementos que precisam ser absorvidos e melhor entendidos para que possamos eliminar este descompasso entre a baixa adesão e a alta demanda de soluções.

(*) CEO da Magic Software Brasil, fornecedora global de plataformas de software para mobilidade empresarial, aplicações em nuvem e integração de negócios.

Por Rodney Repullo

Fonte:  cio.uol.com.br/opiniao – 03 de dezembro 2013

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