Até o fim deste ano será possível conhecer com precisão a real extensão do uso do padrão contábil internacional IFRS no mundo.
Embora seja comum ouvir membros do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês) dizerem que mais de cem países adotam ou permitem o uso do IFRS, o fato é que se tem um conhecimento limitado sobre o verdadeiro alcance do padrão em cada país.
No que chamou de primeira fase do projeto, a Fundação IFRS divulgou ontem dados sobre o estágio de adoção em 66 jurisdições, incluindo todas do G20, que responderam a uma pesquisa realizada pela entidade. O órgão espera concluir o levantamento até o fim de 2013.
Do grupo já catalogado, 55, ou mais de 80%, adotaram o IFRS de forma obrigatória para pelo menos um grupo de empresas de seus países. Isso inclui tanto os casos como o do Brasil, em que a adoção vale para todas as empresas, como os de países como Argentina e Chile, em que a exigência atinge apenas as empresas listadas.
Dos 11 países que responderam a pesquisa mas não exigem o IFRS, destaque para os Estados Unidos, que permitem uso voluntário para empresas estrangeiras com ações negociadas nas bolsas do país, e para Japão e Índia, onde o uso voluntário vale também para empresas locais. Na China, a informação é de que o país adaptou a maior parte de suas normas contábeis ao IFRS.
Segundo o levantamento da Fundação IFRS, 55 jurisdições requerem o uso do padrão contábil para empresas com ações em bolsa, das quais cinco excluíram os bancos dessa exigência.
07/06/13 – Fonte: Valor Econômico