A fim de assegurar a sustentabilidade dos resultados da empresa, é fundamental que os gestores mantenham em dia os demonstrativos contábeis, visto que são dos números neles contidos que partem as ações de planejamento. Assim, a Demonstração do Valor Adicionado (DVA), merece destaque dentre os indicadores que não podem ficar de fora em uma análise refinada sobre o desenvolvimento do negócio.
Por isso, neste blog post vamos abordar os tópicos principais que você deve saber sobre a DVA e, também, ilustraremos por que esse dado é importante para a sua empresa! Siga a leitura e confira!
O que é DVA?
Em 2007, a Demonstração do Valor Adicionado passou a compor as exigências legais estipuladas para companhias de capital aberto, por meio da Lei nº 11.638. Nessa oportunidade, o indicador contábil foi instaurado para determinar que todas as empresas S/A deveriam, a partir do ano-data de divulgação, fornecer ao Fisco demonstrativos anuais sobre a riqueza gerada.
Diante disso, o relatório calcula o valor da riqueza gerada pela empresa – geralmente calculada como a diferença entre o valor das vendas (incluindo taxas como o ICMS) e os gastos com insumos adquiridos de terceiros. Ainda, o DVA indica como essa riqueza é distribuída entre os diversos agentes que contribuíram para a sua criação, como funcionários, acionistas e governo.
Logo, a DVA configura um instrumento essencial a partir do qual o governo tem amplo acesso a informações detalhadas quanto à riqueza gerada, compartilhada e transferida para diferentes entidades.
Tal fato é possível porque o documento de demonstração deve atender aos seguintes objetivos:
- Fornecer análise do desempenho econômico da companhia
- Cálculo do PIB e de alguns indicadores sociais
- Geração de valor e distribuição de riqueza
- Informações sobre a contribuição da empresa no meio social
Para quem o DVA é obrigatório?
Legalmente, apenas as empresas de capital aberto, ou seja, aquelas que têm capital social composto por ações comercializadas em livre mercado, têm obrigatoriedade enquanto à preparação e apresentação do DVA. Essa estipulação parte do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que dispõe das informações referentes à DVA no CPC – 09.
Vale destacar que mesmo que outras empresas não sejam obrigadas a apresentar o demonstrativo, muitas corporações optam por entregá-lo. Para empresas de capital fechado, o instrumento serve como uma via de incrementar a governança fiscal e garantir mais transparência para as práticas da organização.
Como calcular o DVA?
O cálculo do DVA envolve diversas etapas que, para serem cumpridas, demandam relatórios fiscais atualizados. Assim, para ilustrar como a apuração é realizada, considere os indicadores que devem ser levados em conta:
- Receita de Vendas
Devem ser somadas todas as receitas de vendas da empresa durante o período em análise. Assim, precisam ser incluídas as vendas de produtos ou serviços e, ainda, outros valores que a empresa tenha gerado por meio de suas operações.
- Custos dos Produtos Vendidos (CPV) e Custos dos Serviços Prestados (CSP):
É importante subtrair custos associados à produção de bens ou à prestação de serviços da receita de vendas. Logo, retira-se matéria-prima, mão de obra direta, de outros gastos diretamente relacionados à produção ou prestação de serviços. O cálculo é feito pela fórmula:
Valor Adicionado Bruto = Receita de Vendas – CPV – CSP
- Depreciação e Amortização:
Retira-se também as despesas de depreciação e amortização dos custos para calcular o Valor Adicionado Líquido. Esses desembolsos representam a perda de valor dos ativos da organização ao longo do tempo.
- Receitas e Despesas Financeiras:
É necessário adicionar as receitas financeiras (como juros sobre investimentos) e subtrair as despesas financeiras (como juros sobre empréstimos). Assim, é fornecido o Valor Adicionado Líquido antes dos impostos (VAN).
- Impostos e Contribuições:
Por fim, devem ser deduzidos os impostos e contribuições pagos pela empresa sobre o Valor Adicionado Líquido antes dos tributos. Isso fornece o Valor Adicionado Líquido de Impostos (VAL).
Após esses passos, a DVA é o instrumento que ilustra de que forma a quantia do Valor Adicionado Líquido de Impostos foi distribuída entre acionistas, funcionários, governo e outras entidades.
DVA: instrumento aliado à segurança e saúde financeira da sua empresa
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) utilidade é destacada por proporcionar uma análise fundamental à avaliação da saúde fiscal e financeira de uma empresa. Desse modo, este relatório, de entrega anual, permite que gestores tomem decisões estratégicas embasadas em informações atuais e consistentes.
Além disso, a DVA ganha destaque na promoção da transparência para os negócios, uma vez que o demonstrativo é importante para investidores, credores e outras partes interessadas.
Assim, um um ambiente de negócios cada vez mais competitivo e burocrático como o brasileiro, a peça assume um papel muito relevante ao contribuir para a lisura da empresa e à prestação de contas.
Dessa forma, a correta elaboração e análise da DVA é um elemento crucial para o êxito financeiro das organizações, ajudando-as a trilhar resultados de sucesso em um cenário empresarial dinâmico e desafiador. Logo, mesmo que a demanda legal seja apenas para empresas de capital aberto, o instrumento se faz relevante para diferentes organizações.
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