Poucas áreas evoluíram tanto em conhecimento quanto Recursos Humanos. Nas últimas décadas, as empresas reconheceram a importância de valorizar e trabalhar os funcionários, proliferaram metodologias para desenvolver as pessoas e o RH se torna cada vez mais estratégico e central nas decisões das empresas.
A próxima etapa dessa evolução é transformação digital do RH. Automação, soluções para digitalizar os processos, mobilidade corporativa, internet das coisas, todos são conceitos que chegam para tornar os colaboradores mais produtivos e facilitar o acompanhamento de superiores e da própria equipe de recursos humanos.
Apesar das evoluções tecnológicas terem demorado a se associarem à área, empresas com trabalhos avançados e modernos em gestão de pessoas mostraram que ser disruptivo envolve a evolução do tradicional RH.
O que antes era uma área à parte, agora se alia a outras diretorias, como marketing e Tecnologia da Informação (TI). O objetivo e foco é sempre promover sinergia e soluções conjuntas para problemas que afetam toda a empresa.
Em uma era de transparência, a imagem da empresa, sua comunicação e endomarketing devem ostentar o mesmo discurso. A TI se torna o suporte para disseminar e consolidar os laços entre o que vivem os funcionários e a imagem que a empresa quer passar ao mercado.
Com o tempo, a transformação digital começou a ser percebida como uma oportunidade para organizar os processos de RH com maior assertividade e consumindo menos recursos.
Principais tecnologias para inovar no RH
O primeiro impacto foi justamente na rotina do profissional da área. Funções pertinentes ao departamento pessoal, como ponto, folha de pagamento e documentação trabalhista são processos cada vez mais automatizados.
A integração entre softwares de gestão (ERPs) e pontos eletrônicos, sistemas de produção, sistemas de estoque e outros permitiram uma revolução.
Entre as mudanças, a jornada de trabalho se flexibilizou. Se antes, trabalhar era chegar na empresa às 8h e bater o ponto às 18h, com uma hora de almoço, agora se tornou home office, trabalho remoto e horários flexíveis.
A busca pelo equilíbrio entre o pessoal e o profissional dos trabalhadores, tão almejada pelo RH, ficou para trás. Smartphones, aplicativos, computadores portáteis, softwares na nuvem e outros permitiram quebrar a jornada tradicional de trabalho, mas também tornaram os profissionais acessíveis a qualquer hora do dia.
Também é cada vez mais comum os vínculos de trabalho fora da CLT, por profissionais freelancers e consultores, que trabalham por projetos ou pautas esporádicas nas empresas, sem a necessidade de contratação formal.
A tecnologia trouxe consigo uma infinidade de dados. Esses dados solidificaram o conceito de Business Intelligence (BI), que possibilitam uma análise aprofundada e indicadores de desempenho de cada funcionário.
Isso oportunizou o amadurecimento da gestão do conhecimento da empresa, que se apoia em tecnologias como big data e armazenamento em cloud.
Em qualquer parte da estrutura da empresa, o conhecimento gerado pode ser compartilhado com outros setores e/ou filiais.
O conceito de BYOD (Bring Your Own Device) é resultado de tudo isso. Com seu próprio celular, tablet, smartphone ou outros dispositivos, um trabalhador pode fazer uso profissional e pessoal do mesmo aparelho (geralmente, o dele próprio).
Entre os grandes desafios deste modelo, um dos principais da Transformação Digital, está em garantir a segurança dos dados sensíveis da empresa.
É necessário uma gestão forte e presente, e regras internas sólidas e transparentes para o uso do próprio equipamento.
Neste contexto, o compliance se torna fundamental para a sobrevivência da empresa. Para entender melhor o papel do compliance, recomendamos a leitura do texto que explica a importância das regras internas para o RH: LEIA AGORA!