Importância da Gestão de Contratos - SISPRO
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Importância da Gestão de Contratos


“Todo o negócio baseia-se na existência de um contrato entre a parte que fornece e a que adquire. É através do contrato que duas ou mais entidades estabelecem o enquadramento da sua relação de negócio”.

No entanto, sendo o contrato a pedra que alicerça a construção das organizações, quantas destas conhecem e acompanham devidamente a sua execução? Porque colocam tanto esforço na sua negociação e tão pouco na sua gestão?

Existe um velho ditado que afirma “Se não conheces os teus contratos, não conheces o teu negócio”. Os contratos são o melhor reflexo de qualquer negócio. São os reflexos do que a organização decidiu comprar e vender.

Sendo tão importantes para as organizações, porque é que estas não dispõem de mecanismos eficazes para o seu controle e acompanhamento de execução?

Todos sabemos que a implementação de um contrato sem o prévio estabelecimento dos seus mecanismos de controle levará, muitas vezes, a uma implementação que não atinge os objetivos desejados, ou que é totalmente falha. Como todos sabemos, estes resultados significam perda de receitas, perda de oportunidades e custos excessivos.

Então, porque é que uma organização se preocupa com a realização de todas as outras atividades do seu negócio e, muitas vezes, ignora completamente o documento que criou o seu negócio e que define os seus direitos e responsabilidades, ativos e passivos?

A competência e o empenho com que os executivos de uma organização escrevem e negociam contratos, são uns grandes determinantes da saúde financeira da empresa. A forma como se efetua o acompanhamento da execução dos contratos (as partes envolvidas e as suas responsabilidades, as ações que são necessárias executar, as renovações e extensões que são necessárias  negociar e controlar) pode ainda ser mais importante. No entanto, o contrato mais bem negociado e escrito, pode ser completamente inútil se não for gerido de forma adequada. Pode dizer-se que uma organização que não gere convenientemente os seus contratos apresenta “lapso de memória”. Se for gestor de alguma empresa, estes “lapsos” devem preocupá-lo, uma vez que podem representar a existência de ineficiências importantes, se não mesmo perdas significativas a vários níveis – compras não recebidas, ou recebidas e não instaladas, ou instaladas e não otimizadas, etc. No entanto, não chega saber onde estão arquivados os seus contratos, é necessário manter um controle permanente sobre o seu articulado, e sobre as exigências e compromissos que este representa para a organização.

Mas, como é que uma organização perde o rasto dos seus contratos?

Muitas vezes, o que acontece advém do fato de o executivo que originalmente preparou e negociou o contrato já não se encontrar na mesma posição na organização, ou porque foi elevado a uma posição superior ou diferente, ou porque aceitou um novo desafio noutra organização. Este fato, por si só, tem como resultado a perda de “consciência” sobre determinados contratos e, desta forma, perde-se um substancial e precioso conhecimento sobre o negócio da organização.

Mas, como é que os contratos são atualmente geridos?

Normalmente, são mal geridos. Existem vários fatores que contribuem para esta situação, mas destacaria o que me parece fundamental, a falta de um Sistema de Informação de Gestão de
Contratos. Esta situação resulta de três fatos, todos demasiado recentes para já terem um peso significativo na gestão das empresas.
 

  1.  Ter-se iniciado a divulgação do conceito de Gestão de Contratos,
  2. Terem começado a surgir às primeiras aplicações informáticas direcionadas para o apoio a esta atividade e,
  3. As organizações terem começado a tomar consciência da importância desta prática para a sua “bottom line”.

Mas, como implementar um efetivo Sistema de Gestão de Contratos?

Desta forma, uma organização deve dar três passos para implementar um efetivo Sistema de Gestão de Contratos.

  • O primeiro passo dá-se com a criação de uma organização vocacionada para a sua realização. Uma organização com capacidade para, desde o momento prévio à construção do caderno de encargos, até à execução de auditorias de performance ou de conclusão, dar suporte e controlar a execução dos trabalhos.
  • O segundo passo dá-se com a efetiva implementação de um Sistema de Informação de Gestão de Contratos.
  • O terceiro passo dá-se com a definição e implementação de perfis de risco para cada contrato, de forma a que estes possam ter associados um grau de criticidade para o negócio da empresa e, assim serem enquadrados num perfil de gestão consentâneo com a sua importância.
     

A nossa experiência diz-nos que não é preciso que uma organização tenha muitos contratos para que a implementação de um Sistemas de Gestão de Contratos possa  proporcionar um muito rápido retorno do investimento. Muitas vezes, só na gestão de um único contrato conseguem-se ganhos suficientes para a justificação completa dos valores investidos.

Desta forma, e sendo facilmente justificável a existência de um Sistema de Gestão de Contratos, porque não começar desde já a pensar na sua implementação?”

Gestão Contratos

José Pedro Gonçalves

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